O padrão de consumo dos seres humanos vem passado por uma série de alterações no decorrer dos anos. Diante das consequências das mudanças na relação da sociedade com a natureza é necessário falar de sustentabilidade inclusive utilizar de práticas diárias simples numa alimentação saudável.
Uma das consequências da Revolução Industrial foi o aumento da procura por produtos industrializados o que impulsionou a busca por recursos naturais.
Com a exploração descontrolada destes recursos, como se não fossem finitos, surgiram problemas ambientais, tais como: a extinção de espécies, degradação do solo e poluição do ar.
A partir daí, iniciaram discussões acerca do consumo e suas consequências ambientais, humanas e financeiras, resultando na concepção do desenvolvimento sustentável.
Diante disso, surge a necessidade de adquirir hábitos sustentáveis no cotidiano. Isso não é tão difícil, pequenas atitudes, como mudar a alimentação, podem fazer a diferença.
Se você não sabe como contribuir para o desenvolvimento de um mundo melhor, confira algumas dicas para ter sustentabilidade na alimentação. Mas antes disso, entenda o que significa alimentação sustentável.
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O que é alimentação sustentável?
A alimentação compreende mais do que o ato de comer e a disponibilidade de alimentos, existe toda uma cadeia de produção por trás do que você ingere. Antes do alimento chegar a sua mesa ele é cultivado no campo, passa por ciclos de plantio e colheita, transporte e etc.
Desse modo, a produção de alimentos envolve tanto os elementos da natureza quanto questões financeiras, tecnológicas e sociais. É importante salientar que o acesso à uma alimentação de qualidade é para poucos: uns com tanto e outros com nada.
Portanto, uma alimentação sustentável ultrapassa os limites do prato, seu conceito está relacionado à muitos outros aspectos que vão desde um baixo impacto ambiental até uma relação saudável consigo através das contribuições positivas dos alimentos para a saúde.
Por que falar de alimentação sustentável?
A relação entre sustentabilidade e alimentação surgiu da preocupação com a questão do acesso à comida de qualidade para os nove bilhões de habitantes previstos para residir na Terra em 2050, levando em consideração que os alimentos devem ser saudáveis e produzidos de modo que não agridam ainda mais o planeta.
Em um país como o Brasil, que apresenta índices elevados tanto de fome quanto de desperdício, é cada vez mais pertinente falar de sustentabilidade na alimentação.
A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, relata que a fome atinge aproximadamente sete milhões de brasileiros não possuem acesso à uma alimentação de qualidade. Enquanto o Brasil desperdiça 26,3 milhões de toneladas de alimentos por ano.
Vale salientar que a redução do desperdício não acabaria com a fome, mas exerce influência direta na economia, pois quanto maior a oferta de alimentos, menor é o preço e consequentemente o acesso torna-se mais fácil.
Basicamente, o desperdício de alimentos decorre dos processos de produção, transporte e da compulsão alimentar, o que pode ser evitado aplicando noções de sustentabilidade na prática alimentar.
Como ter uma alimentação sustentável?
Ao incorporar ideais sustentáveis na alimentação é possível minimizar os danos causados ao planeta Terra e à própria saúde. A seguir, conheça 5 práticas para tornar sua alimentação mais sustentável.
1. Reduzir o consumo de carne vermelha
O consumo de carne bovina entre os brasileiros é muito elevado e é responsável por metade do impacto no meio ambiente proveniente da nossa dieta.
Isso sem falar nas carnes processadas, que são modificadas para aumentar a validade, como: linguiças, salsichas, bacon, salames, enlatados, etc., que são consideradas cancerígenas e relacionadas ao aumento das doenças do coração.
Não é preciso parar de comer carne vermelha, visto que seu consumo ainda é importante na dieta de todo indivíduo por ser uma boa fonte de vitamina B, proteínas e minerais.
Entretanto, diante de evidências insuficientes para a determinação da quantidade aceitável para consumo, o Fundo Mundial para Pesquisa de Câncer recomenda a ingestão do mínimo possível de carne processada e de 500 g de carne vermelha cozida, ou 700 g de carne crua, semanalmente.
2. Aumento do consumo de frutas, legumes e verduras
Recomenda-se que as frutas, verduras e legumes estejam presentes na dieta alimentar, o ideal é que estejam presentes nas refeições diárias.
Esses alimentos são essenciais para manter uma boa saúde, pois são ricos em vitaminas, minerais e fibras.
3. Utilizar o máximo dos alimentos
Geralmente as cascas, caules, folhas, talos e bagaços são descartados pela maioria das pessoas. Mal sabem elas que estão desperdiçando parte dos alimentos.
Existem diversas receitas simples e saborosas de massas, sopas, tortas, farofas, entre outras comidas feitas com as “sobras” e “restos” que comumente são descartados.
4. Optar por alimentos orgânicos
Os alimentos orgânicos e naturais possuem um baixo impacto ambiental, por serem livres de agrotóxicos, fertilizantes, herbicidas e outros aditivos químicos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.
Todos os produtos com o selo de orgânico possuem uma produção sustentável, independente de ser frutas, verduras, carnes ou até mesmo alguns industrializados como biscoitos e pães, por exemplo.
Os alimentos orgânicos contribuem positivamente com a preservação da água, solo, ar e da saúde humana.
5. Adquira frutas e verduras da estação
Os alimentos da época possuem um melhor estado nutricional, visto que encontram-se com maiores proporções de vitaminas e minerais por estarem na estação que favorece seu desenvolvimento, além disso utilizaram menos agrotóxicos e por estarem na safra os preços são mais baixos.
Sustentabilidade na mesa
Consumo Abrangente
- cereais integrais,
- frutas,
- verduras,
- legumes,
- feijões,
- castanhas.
Consumo Moderado
- frango,
- ovo,
- peixe,
- leite e derivados.
Consumo Reduzido
- carne vermelha,
- carne processada,
- tubérculos,
- cereais refinados,
- alimentos ricos em açúcar, gordura e sal (refrigerantes, sorvetes, bolos, frituras, etc).
Dica bônus: Receba suas cestas orgânicas em casa, preferencialmente usando sacolas reutilizáveis e recebendo-as no mesmo dia que os demais clientes, reduzindo os impactos causados pelo transporte no meio ambiente.